“Quando a CDU, há uns meses, se apresentou para travar esta batalha eleitoral, dissemos duas coisas: queríamos uma cidade com vida e que íamos lutar pelo direito de todos à cidade.
Quanto a uma cidade com vida, infelizmente, para quem como nós percorreu hoje as ruas de Alfama, e as compare com o bairro há dez ou mesmo há cinco anos, percebe o que queremos dizer, porque é que, em 2021, é preciso defender uma cidade com vida.
Uma cidade não são as casas, por mais bonitas que sejam e muitas aqui são; não é a luz, por muito linda que seja a luz de Lisboa. Aquilo que dá vida a uma cidade são as pessoas, e é por isso que precisamos de dizer que nós queremos uma Lisboa com vida. Porque ela perdeu pessoas, perdeu aquilo que a torna única, e que leva a que tanta gente tenha motivos para a visitar. E é por isso que urge defender o segundo objectivo: o de lutar pelo direito à cidade. Nós perdemos pessoas e vida, porque às pessoas deixou de ser reconhecido o direito à cidade. Não se lhes reconhece o direito mais básico de todos, que é o direto ao lugar: o direito de poderem existir na cidade e poderem viver aqui. Foram muitos aqueles que foram expulsos destas ruas e dos bairros de Lisboa.
Há quem entenda hoje que isto é estar no rumo certo. Nós entendemos que não, e que é preciso lutar por uma cidade em que muitos daqueles que aqui nasceram, que aqui vieram parar, que amam esta cidade possam viver em Lisboa”. João Ferreira, candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML), no final de uma acção de campanha no bairro de Alfama, na freguesia de Santa Maria Maior.
A campanha da CDU junta cada vez mais gente que se une, para dizer que a cidade tem que ter vida e que é preciso mudar o rumo de uma Lisboa em que o especulador imobiliário é o rei e senhor da cidade. É preciso dar mais força a quem luta pelo direito à cidade.