O Metropolitano de Lisboa e os seus trabalhadores têm um papel fundamental na mobilidade da Cidade de Lisboa, razão pela qual os eleitos da CDU, João Ferreira e Jorge Alves, reuniram com as suas Organizações representativas.
João Ferreira, candidato da CDU à Câmara Municipal, referiu que o Metro tem uma importância muito particular para a cidade, sendo essencial ouvir os seus trabalhadores e conhecer melhor os problemas e propostas sobre esta empresa de transporte público.
Foram recolhidos valiosos contributos, em particular sobre a importância de contratar mais trabalhadores para garantir um serviço público de qualidade, requalificar e melhorar os locais de trabalho e criar condições para uma justa e digna retribuição salarial.
As Organizações Representativas dos Trabalhadores (ORT) apontaram ainda a necessidade de se reverter a opção pela construção da Linha Circular do Metro que, de acordo com o relato de um dos trabalhadores, não deu certo em nenhuma cidade europeia.
Jorge Alves, da CDU, destacou na sua intervenção as lutas dos trabalhadores do Metro, que lhes permitiram manter um conjunto de direitos importantes ou, mais recentemente, obrigar a empresa a sentar-se à mesa para negociar com os sindicatos a manutenção do seu Acordo de Empresa.
Realçou ainda que da parte da administração tudo está ser feito para que a linha circular seja efectivada e concretizada, de modo a que não se possa voltar atrás, contrariando as decisões da Assembleia da República e as opiniões de utentes, trabalhadores e técnicos ligados aos transportes e urbanismo.
Esta é uma opção que serve a quem, no Governo e na CML, está ao serviço de outros interesses, nomeadamente os da especulação imobiliária e da monocultura do Turismo como actividade económica da cidade. A linha circular só é possível concretizar por quem não conhece a condição da ferrovia ou do metro.
É necessário uma visão da cidade onde existam empresas de referência que respeitem as condições de trabalho dos trabalhadores, referiu João Ferreira:
“Não queremos uma cidade que promova a precariedade, a CML não se pode alhear disto, não é uma responsabilidade direta, mas o serviço que o Metropolitano presta à cidade é indissociável da construção da Cidade que queremos.”
Juntamos a nossa voz à voz dos trabalhadores: pela justa valorização destes e pelo trabalho com direitos, porque uma cidade moderna, avançada, justa e democrática não se faz com más condições de trabalho.