A CDU organizou um arraial popular no Largo de Santa Marinha, com a participação de centenas de pessoas e mais de uma dezena de fadistas, no dia em que João Ferreira, candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML) participou com Vítor Agostinho, candidato à presidência da Junta de Freguesia de São Vicente, em várias acções de contacto com a população e os comerciantes desta freguesia.
No Largo de Santa Marinha, onde decorreu o arraial e perante um pequena multidão, Vítor Agostinho defendeu que para que haja cultura e desporto para todos é necessário um poder local que apoie o movimento associativo de base popular.
“Temos a necessidade de ter um movimento associativo que floresça e que seja devidamente apoiado. O nosso trabalho tem de ser feito de braço dado com o movimento associativo.”, disse.
O candidato a São Vicente garantiu que só será possível melhorar a freguesia tendo um poder autárquico que ouça os fregueses.
No mesmo sentido, João Ferreira ligou a dinamização da cultura e do associativismo com um poder autárquico que seja democrático e que seja exercido dando voz às populações.
“Que saudades que tínhamos de ver este Largo da Santa Marinha encher-se de fados, guitarradas, convívio e de gente e de povo. Não é por acaso que a CDU fez isso mais de uma vez, porque a cidade que queremos construir é muito aquilo que aqui estamos a ver: a rua, o espaço público, os largos tornarem-se lugares de convívio e de festa. Lugares do povo e apropriados pelas pessoas. É o povo que faz esta cidade. É como no ‘Fado Loucura’ que a Ana Pacheco tão bem aqui cantou. Sem poetas e sem povo não há fado; sem povo não há cidade, nem há Lisboa. Mas a verdade é que este povo tem sido esquecido por parte de quem tem nas suas mãos o Governo da cidade.”
João Ferreira reafirmou a necessidade de o povo reconquistar o seu lugar e o poder de determinar o futuro de Lisboa, para que seja possível resolver problemas como o da habitação e garantir o direito à cidade.
“Não é só da cultura que se faz a luta pelo direito à cidade. Não é só da cultura que as classes populares foram afastadas nestes últimos anos. Elas foram afastados do direito a poderem viver em Lisboa.”
Para João Ferreira, as próximas eleições vão determinar se este processo de expulsão das pessoas de Lisboa é invertido. Muito depende da força que vão dar à CDU.