CDU. A cidade tem que ser para todos

Esta semana voltou a abrir a estação do metropolitano de Lisboa de Arroios. Depois de quatro anos fechada para obras, retomou a actividade com os elevadores avariados.

Infelizmente, para César e Paulo Conceição, que andam de cadeira de rodas, não é caso único. Não há dia que não haja esse tipo de avarias na rede do metro. De tal forma, que César devido a isso, demora quase duas horas para fazer um percurso se se o metro funcionasse em condições, lhe levaria apenas 20 minutos. Paulo Conceição já desistiu de andar nos transportes públicos e foi forçado a comprar um carro.

A vida destas duas pessoas é uma corrida de obstáculos. As portas dos autocarros, a altura dos passeios, os acessos ao metropolitano, a calçada portuguesa não está feita para que as pessoas que usam cadeira de rodas, possam circular. “O centro é o pior. Essa área aqui, até ao Bairro Alto, para uma pessoa que anda sozinha de cadeira de rodas e não tem ninguém, para ajudar, é terrível. Sofro constantemente com isso.”, queixa-se César.

Estas e mais situações foram denunciadas numa iniciativa da CDU, com Leonor Moniz Pereira, primeira candidata da CDU à Assembleia Municipal de Lisboa e João Ferreira, candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, e com a presença de várias pessoas portadoras de deficiência e de elementos das associações que os representam.

“Esta ainda não é uma cidade para todos e entre as múltiplas exclusões da cidade, estão os cidadãos com deficiência. Infelizmente, essas pessoas não constituem uma prioridade para a maioria que tem gerido a câmara”, protestou João Ferreira.

Um dos jovens presentes, que teve paralisia cerebral, denunciou uma outra situação, na iniciativa da CDU: as pessoas que usam os autocarros da Carris Adaptada – um serviço da Carris para pessoas com problemas de mobilidade – que não é coberto pelo passe intermodal. Este jovem paga mais de quatro euros por cada viagem, mais de oito euros por dia, quando se desloca para tratamentos.

Sobre este assunto, João Ferreira relembrou que o passe intermodal foi uma conquista de anos de luta da CDU mas que ele tem que ser um instrumento igualitário que sirva todas as pessoas, e garantiu que a CDU vai bater-se para que este erro seja corrigido e que os beneficiários dos serviços da Carris Adaptada estejam contemplados no passe intermodal.

Por sua vez, Isaurindo Fernandes, tesoureiro da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), denunciou outros obstáculos, nomeadamente a falta de organização do espaço público que não está feito e regulado para que as pessoas com problemas de visibilidade possam circular em segurança: “Os passeios obstruídos com esplanadas, carros, motas e trotinetas abandonadas em tudo o que é sítio”.

É por essas razões que a CDU se apresenta como “a força alternativa capaz de assumir o governo da cidade respondendo às diversas áreas em que a cidade apresenta problemas”, concluiu, João Ferreira.

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