Marvila. O caminho da CDU é feito com todos os que querem uma freguesia melhor

Foi na praça Eduardo Mondlane, no Bairro do Condado, que foi apresentada a lista da CDU à Assembleia de Freguesia de Marvila. Antigo presidente de Junta de Freguesia de Marvila, António Augusto Pereira dirigiu os trabalhos, tendo João Ferreira assinalado que continuava a ser uma referência como autarca. “António Augusto Pereira ainda reconhece todos os recantos de Marvila, os seus problemas e a sua gente, sendo um exemplo da gestão de proximidade com as populações que é apanágio da CDU”.

Nuno Almeida, operador técnico de profissão, é o cabeça de lista da CDU à Junta de Freguesia.

O candidato começou por traçar as fronteiras de uma candidatura que recusa os discursos do ódio e que pretende dar voz a todas as pessoas que querem uma freguesia melhor.

“A Marvila que pretendemos construir faz parte de uma Lisboa em que todos têm o direito à cidade. Uma Marvila que não cede ao discurso do ódio, aos argumentos fáceis, tão perigosos, que promovem a divisão e a exclusão.” Em vez desses discursos enganadores, a CDU aposta na “solidariedade e a melhoria de condições de trabalho e de vida para todos. Na CDU cabemos todas e todos que defendemos uma freguesia e uma cidade melhores”

“Sou trabalhador e dirigente sindical, a minha vida assenta na convicção que em conjunto, com a nossa acção, intervenção e luta, podemos e devemos fazer a diferença, combater injustiças e melhorar as condições de vida de todos, em particular dos que mais precisam.”

O candidato cresceu, estudou, vive e quer continuar a viver na freguesia com a sua família. Foi também para defender o direito das pessoas ficarem na freguesia que escolheram viver que aceitou participar nesta tarefa colectiva.

“Marvila pode ser muito melhor. Pode e deve ser um lugar onde não seja vista como natural a extrema desigualdade, em que seja normal a especulação imobiliária com a habitação de luxo enquanto se degradam os prédios onde habitam as pessoas mais carenciadas”.

Para isso, Nuno Almeida defende que só é possível mudando a política que é executada pela Junta de Freguesia de Marvila de da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

“A CDU defende que é urgente uma política em prol das populações de Marvila e da resolução dos seus problemas concretos. Uma política alternativa à seguida pelo PS, que na freguesia e na cidade, foi incapaz de responder aos problemas de habitação, dos transportes, de higiene e limpeza, dos espaços verdes, do acesso à saúde, à educação, à cultura e ao desporto.”

O candidato enumerou as muitas propostas que os eleitos da CDU fizeram na freguesia e que “a CDU marcou a diferença mesmo como oposição, fazendo uma oposição crítica, construtiva e atenta aos problemas”.

“A CDU está pronta para assumir uma gestão assente no trabalho, honestidade e competência, em que a participação democrática das populações é um factor básico distintivo e também uma gestão que vê nos trabalhadores da junta, muitas vezes esquecidos e desvalorizados, elementos imprescindíveis para garantir um serviço público de qualidade, assegurando aos mesmos condições de trabalho, valorização estimulo e estabilidade.”

Nesse sentido, resumiu alguns dos pontos do programa da CDU na freguesia.

“Estas são as nossas mais importantes propostas que nos bateremos para que sejam concretizadas:

Reuniões abertas descentralizadas da junta de freguesia e da assembleia de freguesia nos bairros; política de apoio ao pequeno comércio; exigir aos CTT e CGD a reabertura dos balcões encerrados; promover o efectivo acesso das populações à cultura em estreita colaboração com o movimento associativo popular; reivindicar que o edifício da escola Afonso Domingos seja reabilitado e transformado num polo multicultural; melhorar o serviço de transportes na freguesia ; reivindicar que a CML encontre um novo espaço para a Feira do Relógio; dar aos idosos os apoios necessários; apoiar o movimento associativo e popular para que seja possível o acesso de todos à prática do desporto; defender a escola pública gratuita, universal e de qualidade; acompanhar a instalação do novo centro de saúde, mantendo a extensão dos Loios, e exigir que todos tenham um médico de família; exigir que a CML responda quando e em que condições será instalado o novo posto de limpeza da freguesia; exigir que se promova um programa de habitação a custos acessíveis para jovens impedindo que eles sejam empurrados para fora da sua freguesia e apoiar políticas que garantam habitação condigna.”

Contamos com os trabalhadores e os fregueses

O candidato da CDU à presidência da CML, João Ferreira, começou a sua intervenção final elogiando a lista apresentada e afirmando que ela representa bem a freguesia.

“É uma lista do povo, constituída por gente trabalhadora que se identifica com a população de Marvila, que são na sua maioria gente trabalhadora, das classes e camadas populares e que têm todas as razões para confiar neste lista.”

João Ferreira explicou depois que o problema de falta de habitação e de progressiva degradação dos bairros municipais se deve ao facto destes problemas e a questão da habitação não terem sido prioridades da CML nem dos governos que deixaram nas mãos do mercado a alegada resolução da falta de casas a preços acessíveis.

“Esta é uma cidade em que aquilo que existe de habitação pública foi construída nos anos 90, numa altura em que a CDU tinha responsabilidades no executivo da cidade. Desde aí até agora, a oferta de habilitação pública praticamente estagnou. Mesmo aquilo que já está construído – os tais 60 bairros municipais que existem na cidade, muitos deles aqui na freguesia – foi deixado degradar-se. Como aconteceu aqui no Bairro do Condado, em que as pessoas tiveram que esperar e esperar por investimentos há muito prometidos, que vieram tarde e em muitos casos ficaram muito aquém do que era necessário.”, lembrou o vereador do PCP.

João Ferreira deixou uma palavra final para os fregueses de Marvila, muitos deles trabalhadores da CML.

“Não me esqueço que estamos numa freguesia e até num bairro em que muitos dos que aqui habitam, são trabalhadores da CML. Quero dizer-lhes que aquilo que queremos fazer depende dos trabalhadores do município. Eles são fundamentais e devem ser cuidados e valorizados. É com todos vós, trabalhadores e munícipes, que queremos fazer este caminho para a freguesia e a cidade que queremos.”

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